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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Peso a menos ... no guarda-roupa

(Essa imagem é uma reprodução.)

Vocês conhecem um programa da Discovery Home & Health chamado "Acumuladores"? Fala sobre pessoas que passam a adquirirem e acumularem tantas coisas que suas casas ficam entulhadas. É um tipo de transtorno compulsivo que atinge cerca de 4% da população mundial, no qual o tratamento necessita de suporte psicológico, como pode-se ler em "O que é um acumulador?".

Assistindo, sinto um pouco de agonia em ver as pessoas não querendo se desfazerem dos objetos, que por vezes nem lembravam mais que estavam ali naquelas pilhas, por acharem que um dia irão precisar. Mas o que me incomoda não é ver a bagunça, nem a possível insensatez das pessoas ao dizerem isso. O que me atinge é que eu me identifico com esse tipo de pensamento/ sentimento dessas pessoas.

Eu ainda não cheguei ao nível que se verifica na imagem acima (que por acaso é do programa citado), mas vejo em mim grandes potenciais! Um grande exemplo é o que eu chamo de "enxoval da magreza" que consiste em roupas de manequins menores que já usei, ou nunca usei, já que há peças que comprei achando que "em um mês eu uso" e já se passaram 2, 5, 12 anos. Sim, nesse enxoval havia uma calça n° 42, comprada em 98 na finada Mesbla e que eu nunca usei.

Não só acumulo roupas, como também sandálias e todo tipo de acessório, que nem uso mais. Mas não me desfaço porque "um dia posso precisar". Só que acabo nunca precisando. Ou, quando preciso, há tantas opções que nem uso todas.

Frequentemente faço limpas, motivada por um dos bazares que as escolas que trabalho fazem anualmente e percebi que muitas roupas estão fora de moda. Mas você acha que consegui me desfazer de todas? Na-na-ni-nã-não!

Uma amiga já me perguntou porque eu simplesmente não dava tudo. Vocês sabem qual foi a minha resposta?
"Um dia eu posso precisar."
E ela, muito lúcida falou: "Quando você emagrecer, você pode muito bem comprar todas as roupas que dê em você e na moda."
Ela tá certa, não tá? Mas mesmo assim, boa parte continua aqui, ocupando parte de meu guarda-roupa. Mas a tal calça de 98 tamanho 42 já foi doada, com dor no coração, admito!

Como nada nesse mundo é por acaso, comprei o livro "Engordei ou minha roupa encolheu?" de Peter Walsh e logo no inicio ele associou o acumulo de objetos ao acumulo de gordura corporal. Parecia óbvio, mas foi uma espécie de choque. Resultado: tirei o equivalente à 1 1/2 saco de 100 litros de bolsas, sandálias e roupas do guarda-roupa. Eu fiquei espantada de "achar" sandálias que achava que já havia doado.

E quando eu fechei a parte do guarda-roupa, as portas fizeram aquele barulhinho que encostou nas divisórias internas. Sabem à quanto tempo elas não fechavam direitinho? E deu um prazer tirar toda aquela energia acumulada!

Eu queria compartilhar isso com você, porque acho que muitas de nós acabam guardando lembranças de um corpo do passado, impedindo que novas vivência se formem. Provavelmente a melhor forma de mudar qualquer aspecto de nossas vidas é nos conscientizando de como estamos no presente.

Quem sabe até o fim do ano todo o enxoval é usado ou dado?

Um comentário:

Lolinha disse...

OiOi,
Esas limpezas são ótimas.
É um exercício de desapego maravilhoso!
Às vezes faço e me sinto mais leve... Parece que vai levando as energias e lembranças junto. Eu gosto bastante!
Bom fim de semana!
Beijo